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Digitized by the Internet Archive in 2009 with funding from Ontario Council of University Libraries
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REVISTA
DO
MUSEU NACIONAL,
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RIO DE JANEIRO
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(SEGUIMENTO AOS ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — Volume IX)
Nunquan aliud natura, aliud sapientia dicit. J. 14. 327.
In silvis academi quasrere rerum. Quamquam Socraticis madet sermonibus.
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COMMISSÃO DE REDACÇÃO
João Baptista de Lacerda. Hermillo Bourguy Macedo de Mendonça. Ernesto Ule.
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SUMMARIO
Membros correspondentes — Quadro do pessoal do Museu Nacional do Rio de Janeiro — Prefacio, pelo Dr. João Baptista de Lacerda — Necrologia, pelo Dr. João Baptista de Lacerda — Informações — Ao Dr. Von Ihering, pelo Dr. João Baptista de Lacerda — As trilobitas do Grez de Eréré e Maecurú, Estado do Pará, por John M. Clarke — Nota sobre a geologia e paleontologia de Matto-Grosso, pelo Dr. Orvilld A. Derby — O Bendegó, pelo Dr. OrvillÔ A. Derby — Relatorio de uma excursão botanica
feita na Serra do Itatiaia, por Ernesto Ule — Errata.
MEMBROS CORRESPONDENTES DO MUSEU NACIONAL
Barbosa du Bocage (IT. V.) Barcena (Marianno) Beneden (Ed. Van) Bentham (Jorge) Bureau (Eduardo) Cordella (A.) Daubrée (A.) Delpino (José) Domeyko (Ignacio) Ernst (A.)
Exner (Mauricio) Giglioli (Henrique) Glaziou (A. F.) Gorceix (Henrique)
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Mello Rego ( general)
Gualberto (Luiz) Jobert (Clemente) Mantegazza (P.) Milne Edwards (Aff.) Naudin (Carlos) Philippe (R. D.) Pissis (A.) Radlkofer (L.) Schlegell Tulasne (L. R.) Virchow (R.) Warming Wiesner (J.) Wiener (C.)
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MEMBROS CORRESPONDENTES FALLECIDOS
Baillon (Henrique)
Beaurepaire Rohan (Henrique de)
Burmeister (H.) Candolle (Affonso de)
Coelho de Almeida (Thomaz J.)
Diniz (Fernando)
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Ferreira Penna (D. S.) Latino Coelho (J. M.) Pringsheim (N.) Quatrefages (A. de) Reichenbach (L. H. G.) Reichardt (H. W.)
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BTADRO DO: PESSOAL
DO
MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO
1896 ADMINISTRAÇÃO
Director geral — Dr. João Baptista de Lacerda.
Secretario — Engenheiro Domingos Sergio de Carvalho (interino).
Sub-secretario — Eurico Augusto Xavier de Brito.
Bibliothecario — Manoel da Motta Teixeira.
PRIMEIRA SECÇÃO
Zoologia, anatomia e embryologia comparada
Director— Hermillo Bourguy Macedo de Mendonça (engenheiro).
Sub-director — Carlos Moreira.
Naturalista ajudante — Alípio Miranda Ribeiro (interino).
Preparadores — Eduardo Teixeira de Si- queira e Antero Martins Ferreira (interino).
SEGUNDA SECÇÃO
Botanica
Director — Dr. Amaro Ferreira das Ne- ves Armond.
Sub- director — Ernesto Ule.
Naturalista ajudante — Vago.
Preparador — Alexandre Magno de Mello Mattos.
Porteiro — Antonio Alves
TERCEIRA SECÇÃO
Mineralogia, geologia e paleontologia Director — Francisco de Paula Oliveira (engenheiro de minas).
Sub-director—Hildebrando Teixeira Men- des (engenheiro de minas).
Naturalista ajudante — Joaquim Bello de Amorim (pharmaceutico),
Preparador — Manoel Soares de Carva- lho Peixoto.
QUARTA SECÇÃO
Anthropologia, ethnologia e archeologia
Director — Dr. Julio Trajano de Moura (licenciado).
Sub-director — Engenheiro Domingos Sergio de Carvalho (interino).
Naturalista ajudante — Santos Lahera y Castillos (interino).
Preparador — Octavio Jorge da Silva (interino).
Ribeiro Catalão.
Ajudante-porteiro — Francisco Ferreira Maciel.
Jardineiro-chefe — Frederico Groth.
Continuo — Amando Goulart
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Cumpre-nos neste prefacio dar as razões por que só agora, após longo lapso de tempo, sahe à luz da publicidade o volume IX da Revista do Museu Nacional.
Ninguem ignora que os acontecimentos políticos que se deram no nosso paiz, nestes ultimos annos, perturbaram profundamente a ordem das cousas e suspen- deram entre nós a actividade mental applicada ao desenvolvimento das sciencias e das lettras.
Durante esses periodos de desordem, de inquietação e de luctas dos quaes se encontram similes na historia de todos os povos cultos, as idéas, arrebatadas por um movimento impetuoso, desordenado, desviam-se do seu curso natural, e os fructos da intelligencia, antes de attingirem a madureza, cahem seccos, mirrados .
Diante das incertezas do futuro, quem se sente forte para solidos emprehen- dimentos ?
A vontade, que dá o impulso, debilita-se, a energia para a execução des- fallece, o espirito fica inerte, infecundo.
Os homens de sciencia, afastados do tumulto da politica, só querem para trabalhar que se lhes dê paz e socego.
O Museu Nacional, que, em outras épocas, tinha dado demonstrações de uma actividade fecunda e productiva, sentiu-se como outras instituições congeneres, entorpecido, durante o periodo das nossas recentes commoções politicas.
Entregue á direcção interina de um profissional distincto e competente, como o Dr. Domingos Freire, elle não pôde, apezar dos bons desejos deste, encetar uma phase nova, e realizar melhoramentos, que, ha muito, estava pedindo esta
notavel instituição.
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Occorreu ainda a circumstancia, de todos sabia, que o Museu, por conve- niencia propria, teve de ser transferido para o edificio da Quinta da Bôa Vista, onde ia encontrar espaco mais amplo e melhor collocação para as suas nume- rosas collecções. O trabalho de remoção absorveu, durante muitos mezes, a acti- vidade de todo o pessoal do Museu e obstou que se cuidasse com a merecida attenção da publicação da Revista.
Ajunte-se agora a tudo isto a morosidade da impressão, motivada por excesso de trabalho da Typographia Nacional durante o periodo em que funccio- nou o Congresso e ter-se-ha a somma de razões que explicam por que chegou tão retardado este volume ao limiar da publicidade.
A Revista do Museu, para não desmentir a justa reputação que conquistou e que é nosso dever sustentar a todo transe, não póde inserir em suas paginas sinão trabalhos originaes de pesquiza ou de observação scientifica.
Essa lei salutar do seu programma encontra, é certo, obstaculos grandes para ser rigorosamente respeitada em um paiz, onde poucos investigadores existem, e onde o trabalho de investigação é longo e moroso pela deficiencia de meios technicos e de laboratorios bem montados.
Não obstante, ficaremos sempre adstricto a essa norma de proceder, ainda
que seja necessario demorar a publicação da Revista.
O Director Geral,
Dr. F. B. de Lacerda.
NBC ROLOGIA
Cocsrnero LADISLÃO NETTO
Não póde, sem revoltante injustiça, ser esquecido o nome deste illustre brazileiro, ha pouco fallecido, cujos servicos ao Museu Nacional, como director geral deste estabelecimento, são valiosos e patentes.
O Conselheiro Ladislão Netto, como botanico e cultor dos estudos ethno- graphicos, produzio trabalhos de reconhecida valia, muitos dos quaes entraram como contribuicces à publicação dos Archivos do Museu.
Aposentado no logar de director geral, e com o cerebro fatigado por conti- nuadas elocubrações, o Conselheiro Ladislão recolheu-se á vida privada, e alli finou-se entre os carinhos da familia e o sentimento dos amigos.
ConsermeirRo NICOLÃAO MOREIRA
Foi' durante alguns annos sub-director da secção de botanica, logar que elle deixou, por ter sido nomeado director do Jardim Botanico.
Trabalhador infatigavel, enthusiasta, com o espirito sempre aberto para tudo quanto era util ao desenvolvimento da sciencia e da industria, patriota cheio de ardor, sonhando com um futuro prospero para o paiz, que lhe foi berco, o Conselheiro Nicolão Moreira, desapparecendo de entre os vivos, deixou um vacuo, que dificilmente será preenchido.
Seu caracter recto, franco, seus sentimentos altruistas, attrahiram-lhe nume- rosas sympathias, e tornaram ainda mais sentida a sua perda.
O Museu guarda delle saudosas recordações.
Consermero THOMAZ COELHO
O Museu teve sempre uma divida de gratidão para com este benemerito estadista, a quem elle deve a reforma de 1870, de onde, por natural sequencia, vieram os dias de prosperidade, que atravessou este, até então ignorado esta- belecimento, e que para elle attrahiram a attenção do paiz e dos estrangeiros.
Foi um espirito lucido, aberto aos uteis emprehendimentos, amante do pro- gresso, e cheio de confiança nos destinos de sua patria.
A lembrança do serviço que elie havia prestado ao Museu, com a reforma de 1876, foi sempre, durante toda a sva carreira politica, vm motivo de sin- cera satisfação para elle, cujo neme ficou assim vinculado a esta instituição.
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INFORMAÇÕES
O Laboratorio de Biologia, que de 1880 a 1890 esteve annexado ao Museu, sob o titulo de Laboratorio de Physiologia experimental, foi em Janeiro deste anno, em virtude de resolução do Ministerio do Interior, de novo annexado ao Museu, sob a direcção do Dr. J. B. de Lacerda.
Antes de passar por uma nova organisação, dependente de resolução proxima do Congresso, elle continúa, na nova instailação, a prestar serviços á
sciencia, com investigações originaes, no campo da physiologia e da bacteriologia.
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AO SR. DR. VON IHERING, DIRECTOR DO MUSEO PAULISTA
Chegou-me ás mãos o volume da Revista do Musêo Paulista, justamente quando iam entrar no prélo as ultimas paginas do vol. IX da Revista do Musêo Nacional ; fui, pois, obrigado a sustar a impressão dellas emquanto traçava estas linhas á guiza de protesto contra insensatas e erroneas apreciações, que o Dr. von Ihering se dignou fazer sobre o valor e a importancia scientifica quer do Musêo Nacional, cuja direcção me foi confiada, quer de trabalhos e investigações por mim realizados, ha alguns annos atrás, e que tiveram a sancção e o applauso de homens competentes.
Um ponto de mira teve o Dr. von Ihering, quando para altear o nivel scientifico do seu musêo procurou illudir a opinião dos ignorantes sobre o valor do Musêo do Rio de Janeiro, que elle julga indigno de equiparar-se ao Musêo Paulista e ao do Pará, «unicos no Brazil organisados sobre bases scientíficas e com pessoal competente»: o Dr. von Ihering pretende certamente ter realizado um milagre—de com escassos recursos do Estado, com um pequeno nucleo de collecções compradas a um particular, e com os seus herculeos esforços em compol-as e arranjal-as haver dotado, no curto lapso de dous annos, o Estado de S. Paulo com um musêo de muito maior impor- tancia e valor que o Musêo Nacional do Rio de Janeiro, cujas honrosas tradições são bem conhecidas e cujos serviços em prol da sciencia são devidamente apreciados no paiz e em além-mar.
Quem sabe, porém, o que é o musêo do Rio de Janeiro, e quizer ter a ventura de visitar o Musêo Paulista não poderá deixar após a visita de protestar contra seme- lhante irrisão. Proferindo aquella sentença, o Dr. von Ihering teve naturalmente em vista insuflar o amor proprio dos paulistas e recommendar aos poderes do Estado os seus incomparaveis serviços. Procedeu bem ; trabalhou pro domo sua ; e quem assim faz, é digno de uma valiosa recompensa.
Eu quizera, porém, que o digno director do Musêo Paulista me dissesse o que entende por um musêo organisado sobre bases scientificas, como affirma ser o seu: e pretende que não o seja o musêo do Rio de Janeiro. S. S. não foi claro, ou não quer explicar-se a esse respeito. Permitta, entretanto, que lhe pergunte — um musêo em que numerosas collecções estão distribuidas por secções de conformidade com as regras adoptadas pela sciencia, em que os specimens estão classificados methodica- mente, em que existem officinas de taxidermia e de montagem; em que ha um horto botanico e um rico hervario, como não existe outro no Brazil; que possue uma bibliotheca, em que se encontram raridadese as publicações mais recentes sobre todos os ramos de sciencias naturaes; que tem laboratorios bem montados, providos de apparelhos e instrumentos mais modernos; que publica uma Revista, com trabalhos originaes e de investigação— é ou não um musêo organisado sobre bases scientificas ? Si responde pela affirmativa, ha de convir que o musêo do Rio de Janeiro é organisado sobre bases scientificas ; si pela negativa, pedir-lhe-hei o favor de dar as razões de sua
negação.
XX
Não tive ainda a felicidade de ultrapassar os humbraes do Monumento do Ipy- ranga, para admirar a organisação sobre bases scientificas do Musêo Paulista. Espero que antes de morrer hei de gozar dessa ventura. Entretanto, por não conhecer de visu essa tão apregoada organisação, temo fazer desde já apreciações que podem não ser justas ou não ser verdadeiras. O que me dizem, porém, os que lá foram, é que o Musêo Paulista não passa de um embryão; as fórmas, os orgãos, os membros desse producto scientifico, em que o Dr. von Ihering impregnou toda a vis faciendi de sua robusta mentalidade, estão apenas esboçados, e exigem ainda um longo periodo de gestação, para que o producto se apresente à luz do dia com a conformação de um ser acabado e completo.
O nucleo é constituido por colleeções de specimens zoologicos mal preparados ; não possue hervario; não tem laboratorios bem montados; ignoro se tem bibliotheca ; em paleontologia e ethnographia quasi nada; em mineralogia cousas insignificantes, ou de pouco valor. E com taes elementos proclama aos quatro ventos da publicidade o Dr. von Ihering que o seu musêo e o do Pará são no Brazil os unicos que merecem ser apontados! Si S.S. não estava de má fé quando escreveu esta inverdade, estava com certeza obcecado pelo esplendor de sua obra. Quando houver passado a obcecação, S.S. verá claro e entãosentir-se-ha contricto e arrependido da injustiça que commetteu.
O meu protesto está lavrado, e eu passo sem demora a outro assumpto.
Ha 10 annos, mais ou menos, realizando no Musêo Nacional investigações de physiologia experimental, em um laboratorio então dirigido por mim e o Dr. Couty— tive a felicidade de provar um facto, que devia ter logo na pratica uma importancia consideravel — qual foi o poder neutralisador do permanganato de potassio para o veneno dos ophídios.
Sobre esse facto, que teve enorme repercussão dentro e fóra do paiz, que ficou comprovado por innumeras experiencias em casos de mordeduras de ophidios, assim como por experiencias physiologicas que outros realizaram em animaes, aqui e na India— o Dr. von Ihering declara na pag. 233 da Revista do Musêo Paulista que, tendo nutrido a princípio grandes esperanças de ser um remedio infallivel, o perman- ganato de potassio, coube-lhe depois a mesma sorte que teve o remedio de Koch contra a tuberculose.
Si o Dr. von Ihering fosse um experimentador, um physiologista, acostumado a verificar o valor e a exactidão de factos Diologicos, que outros teem notado ou desco- berto, eu, para responder-lhe, não teria outra cousa a fazer sinão convidal-o a reco- meçar as experiencias por mim feitas e por Vincent Richards — e concluir segundo os resultados dellas. Mas a preoccupação do Sr. von Ihering, apreciando o valor da minha descoberta, é que eu apresentei o permanganato de potassio como remedio infallivel — entretanto, que elle viu uma vez o insuccesso da-sua applicação em uma vacca, e diz que um insuccesso conta tambem um seu amigo, o qual fez a applicação duas horas depois da mordedura de uma jararaca.
Acreditará, porventura, o Dr. von Ihering em remedios infalliveis — que só os charlatães ousados arrogam-se o direito de annunciar?2 Será capaz 'S. S., percorrendo a lista de todos os agentes therapeuticos conhecidos, assim como de todos os processos modernos, preventivos ou curativos—de mostrar-me um, cujo resultado seja infallivel ! Como fez a applicação, quaes as condições do animal no momento de a fazer, as quantidades empregadas, os pontos injectados, etc., etc., nada disso refere o Dr. Ihering dando conta de seu insuccesso. E porque me faltam todos estes elementos de apre- ciação não posso agora entrar na analyse das condições que deveram ter concorrido
XXI
para esse resultado. Quem se propõe a fazer a critica, e quer fazel-a sobre bases scientificas, não póde furtar-se à obrigação de expor todas as circumstancias e condi- ções do facto. S. S. não obedeceu a essa regra — portanto o insuccesso que allega não tem valor, e menos póde servir para contradictar as conclusões de bons experimen- tadores.
Accrescenta o digno director do Musêo Paulista que o chlorureto de ouro e o chlorureto de cal vieram desthronar o permanganato de potassio. Conheço de longa data as experiencias de Calmette, com esses reagentes chimicos; não vejo, porém, praticamente em que elles sejam superiores ao permanganato de potassio. Eu provei ha oito annos passados— que o oxigeno nascente e o chloro destruiam o veneno ophidico; o permanganato de potassio neutralisa a peçonha — pelo oxigeneo nascente; o chlo- rureto de ouro e de cal, pelo chloro que elles contém. Eis tudo. A solução de perman- ganato de potassio, tambem demonstrei isso, póde ser injectada até nas veias, sem risco de vida; o mesmo não sei si se poderá affirmar em relação ao chlorureto de ouro ou de cal. Não sou misoneista; mas tambem não tenho pressa em apregoar novi- dades — só porque ellas trazem o prégão de um investigador scientifico, que julga poder recommendar-se atacando conclusões já bem firmadas para sobre ellas erguer o pedestal de uma nova descoberta.
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AS TRILOBITAS DO GREZ DE ERERÊ E MARCURÚ
ESTADO DO PARÁ, BRAZIL
POR
JOHN M. CLARKE
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A seguinte memoria foi preparada a pedido do Conselheiro Ladislan Netto, Director do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que, para este fim, entregou-me as colleeções organizadas pela extincla Commissão Geologica do Brazil, da qual foi chefe o fallecido Professor Ch. Fred. Hartt. Devo sinceros agradecimentos ao Conselheiro Ladislau Netto e ao Professor Orville A. Derby, Director da Secção Geologica daquelle Museu, pelas finezas que me dispensaram no decurso deste trabalho.
A fauna fossil do districto de Ereré foi estudada primeiro pelo professor Hartt e seus ajudantes nas expedições feitas ao Amazonas, em 1870 e 1871, em proveito da Universidade de Corneil, e devidas principalmente à generosidade do Sr. Edwin B. Morgan de Aurora, Estado de Nova-York. A geologia geral da região foi descripta pelo Professor Hartt em artigos publicados no Bulletin of the Buffalo Society of Natural Science, vol. I, 1874, e no Journal of the American Geographical Society, vol. 1, 1872, sendo o primeiro acompanhado por uma memoria sobre os Brachiopodes fosseis pelo Professor Richard
Rathbun, na qual um numero conside- 1557 — 98
The following paper has been prepared at the request of Counsellor Ladislau Netto, Director of the National Museum of Rio de Janeiro, who, for that purpose, kindly placed in my hands the collections made by the extinct Comissão Ceologica do Brazil under the charge of the late Prof. Ch. Fred. Hartt. My Dest thanks are due to Director Netto and to Prof. Orville A.Derby, Director of the Geological section of that Museum for the facilities and consideration extended to me in the prosecution of the work.
The fauna ofthe Ereré district was first brought under consideration by Prof. Hartt and his assistants in the expeditions made to the Amazonas in 1870 and 1871 in the interest of Cornell University and principally through the generosity of the Hon. Edwin B. Morgan of Aurora, New York. The general geology of the region was described by Prof. Hartt in papers published in the Bulletin ofthe Buffalo So- ciety Nacional Science, vol. 1, 1874, and the Journal of the American Geographical Society, vol. II, 1872, the first of which was acompanied by a description of the Brachiopod fossils by Prof. Richard Raihbunin which a considerable number
z ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL
ravel de especies novas são attribuidas ás notas manuscriptas do Professor Hartt. Os outros fosseis da mesma localidade fo- ram descriptos por estessenhores nºum tra- balho commum publicado nos Annals of the Lyceum of Natural History of New, York, vol. IX, 1875, com o seguinte titulo: Onthe Devonian Trilobites and Mollusk of Ererê, Province of Pará, Brazil. Nestes trabalhos o grez de Ereré é referido ao Devoniano medio e compa- rado com o grupoHamilton de Nova-York. Duas especies de Trilobitas, Homalonotus Oiara e Dalmania Paituna são descriptas na ultima destas memorias.
Em 1876 foi feito novo exame do dis- tricto de Ereré por uma turma de ajudan- tes do Professor Hartt, pertencentes à Commissão Geologica do Brazil, resul- tando dahi a descoberta de depositos ricamente fossiliferos nos rios Maecurú e Curuá. Uma noticia sobre os Brachiopodes colleccionados nesta exploração foi publi- cada pelo Professor Richard Rathbun no Proceedings of the Boston Society of Na- tural History, vol. XX, 1878. O seguinte extracio deste artigo, que leva o titulo On the Devonian Brachiopoda of the Pro- vince of Pará, Brazil, indicará o caracter dos depositos fossiliferos destas localida- des. «O Professor Harll descobriu na expe- dição Morgan, em 1870, a interessante localidade devoniana de Ereré nas proxi- midades de Monte-Alegre, nas margens do Amazonas, onde obteve os primeiros fosseis devonianos, achados a léste dos Andes na America do Sul. No anno se-
of the new species are aceredited to Prof. Hartfs manuscript notes. The other fos- sils from the same locality were described in a joint paper by these gentlemen pu- blished in the Annals of the Lyceum of Natural History of New York, vol. 1X, 1875, under the title « On the Devonian Tribolites and Mollusks of Ereré Pro- vince of Pará, Brazil. In these papers the Ereré sandstone is referred to the middle Devonian and correlated with lhe Ham- ilton group of New York. Two species of Tribolites viz, Homulonotus Oiara and Dalmania Paituna, are described in the latter of these papers.
In 1876 a farther examination of the Ererê district was made by a party of Prof. Harll's assistants on lhe Geological Commission or Brazil, resulting in the discovery ofrichly fossileferous de positson the rivers Maecurú and Curuá. A notice of the Brachiopods collected by the survey was published by Prof. Richard Rathbun n lhe Proceedingsof the Boston Society of Natural History, vol. XX. 1878. The following brier extract from this papef entilled, «The Devonian Brachiopoda or the Provinceof Pará, Brazil» wil!indicate the character of the fossiliferous deposits at these localities. «Prof. Hartt discovered - on the Morgan Expedition in 1870, the interesting Devonian locality of Ereré near Monte-Alegre, on lhe Amazonas, where he procured the first Devonian fossils foand east of the Andes in South America. In the following year he visited Ereré and made large additions to his former
guinte visitou de novo Ereré e fez grandes addições ás suas primeiras collecções dessa localidade. Esta região elle a de- screveu completamente no Bulletin ofthe Buífjulo Society of Natural Science, de ja- neiro de 1874 (pp. 201 a 235) e na mesma publicação (pp. 236 a 261) eu de- screvi os Brachiopodes devonianos obtidos por elle. Em 1876 o Sr. Orville A. Derby, da Commissão Geologica do Brazil, acom- panhado pelo Dr. F. José de Freitas, e pelo Sr. H. H. Smith, da mesma Com- missão, examinou de novo a geologia de Ereré e traçou a formação devoniana até certa distancia par: o norte daquella re- gião nos rios Maecurú e Curuá, achando em ambos estes rios grez ricamente fossi- lifero. De Ereré para o norte as camadas são attravessadas em ordem descendente, de modo que os depositos de Ereré são de idade mais recente do que os dos rios Maceurive Curva. O grez fossilifero do rio Curuá parece ser identico ao do Maecurú não obstante differirem ligeiramente os caracteres das camadas nos dois logares, sendo ellas duras e de textura fina na primeira localidade e friaveis e de granu- lação grosseira na ultima. Em ambas estas localidades, que distam uma da outra cerca de 25 milhas, os fosseis en- contram-se tão sómente n'uma serie limi- tada de camadas. Da localidade de Maecurú até a de Ereré a distancia é de cerca de 75 milhas, tendo os depositos intermediarios, em grande parte com- postos de camadas silicosas (chert), a espessura de 100 pés proximamente. »
ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 3
collections from there. This region he has fully described in the Bulletin of the Buffalo Society of Natural Science for January, 1874 (pp. 201 to 235), and in the same publication (pp. 236 to 261) Ihavegiven descriptions of the Devonian Brachiopods obtained by him. In 1876, Mr. Orville A. Derby, of the Brasilian Commission, accompanied by Dr. F. José de Freitas and Mr. H. H. Smith of the same Commission, re-examined the geology of Ereré, and traced the Devonian formation for some distance nortward of that region, on the rivers Maecurú and Curuá, finding on each of these two rivers richly fossiliferous sandstones. Pas- sing northward from Ererê, the beds are crossed in descending order, so that the deposits of Ereré are newer in age than those of the rivers Maccuri and Curui., The fossiliferous sandstones of Lhe river Curuá appear to be identical with those on the Maecurú, although the characters ofthe beds at the two places differ slightly; at the former localily lhey are fine in texture and hará, while at the latter place they are coarse and friable. At both of these localilies, which are distant from one another about twenty-five miles, the fossils are confined to a limited series of beds. From the Maecurú locality to the Ereré the distance is about seventy-five miles, the lhickness of the intervening doposits, which are largely composed of beds of chert, being in the neighhoord of one hundred feels.»
+ ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL
Os resultados geologicos destas diversas explorações foram dados num trabalho do Prof. Derby publicado nos Archivos do Museu Nacional, Vol. 1, 1887, do qual appareceu uma versão em inglez nos Pro- ceedings of the American Philosophical Society, Vol. XVIII, 1879.
O material colleccionado nas expedi- ções de 1870-71 está no museu da Uni- versidade de Cornell, Ilhaca, Nova-York, e o da Commissão Geologica colleccio- nado em 1876 acha-se no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Graças á obsequiosi- dade das autoridades deste museu foi en- viada uma serie de duplicatas destes Trilobitas ao Museu de Historia Natural do Estado de Nova-York na cidade de Albany e ao Museu Nacional de Wash- ington.
Em quanto ao modo de conservação e apresentação, os fosseis dos districtos do rio Maecurú e Ererê são muito semelhan- tes. A matriz dos do Maecurú é uma arêa quartzosa de grãos grossos, de par com mis- tura consideravel de grãos feldspathicos cuja decomposição tem tornado a rocha friavel e tão propensa a desintegração, que para preservar os fosseis do estrago é extremamente importante que elles sejam completamente immersos n'uma fraca solução de colla, e cuidadosamente seccos. A rocha contêm tambem quantli- dade consideravel de ferro no estado de sesquioxidio, o qual ordinariamente sub- stitue a substancia original dos fosseis e é tão molle que facilmente se gasta ao menor atltrito; donde resulta serem os
The geological results of these several explorations have been given in a paper by Prof. Darby in the Archivos do Museu Nacional, Vol. 1, 1897 of which an English translation appeared in the Pro- ceedings ofthe American Philosophal So- ciety, Vol. XVIII, 1879.
The material collected by the expedi- tions of 1870-711 is in the museum of the- Cornell University, Ithaca, New-York ; that of the Geological Commission in the Nacional Museum of Rio de Janeiro. Througg the kindness of Lhe museum au- thorities at Rio a series of duplicate spe-- cimen of these Trilobites has been pre- sented to the New-York State Museum of Natural History at Albany and to the Nacional Museum at Washington.
In character of preservation and occur- rence, the fossils of the Maecurú and Ereré districts are very similar. The matrix of the Maecurúfossils is a flesh-colored, coarse grained quartz sand, with a considerable intermixtureof feldspathic grains,and, by the decomposition of the latter, the rock has become crumby and so inclined to desintegrate lhat in order to preserve the fossils from injury it is extremely im- portant that they should be thoroughly immersed in a thin solution of glue in water and carefully dried. The rock also contains a considerable quantity of iron in the sesquioxyd state and this has usually replaced the test of the fossils and is so soft that itis easily abraded, so that while internal and external casls in the
sádico JR
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moldes no grez da fórma externa e in- terna dos fosseis muito distinctos e satis- factorios para o estudo, ao passo que a superficie do fossil propriamente dito é muitas vezes mais ou menos indistincta.
Em Ereré o grez é mais compacto não obstante ser um tanto mais feldspathico, fortemente micaceo e distinctamente mais schistoso. O ferro é tambem presente, posto que em menos abundancia do que no Maecurú. Conjunctamente com este grez vermelho amarellado e, conforme o Prof. Hartt, intercallados nas suas cama- das, ha leitos de um grez escuro compacto no qual a especie Dalmanites !Cryphacus) Paituna é especialmente abundante. Em geral os fosseis desta localidade não são tão bem conservados como os do rio Maecuriú.
sandstone are usually very distinct and satisfactory for purposes of study, the sur- face of the fossil itself is often more or less indistinct.
At Ereré the sandstone is firmer, though somewhat more feldspathic and strongly micaceous, and dislinclly more schistose. Iron is also present, though to a less degree than at Maecurú, Occurring with this yellowish red sandstone and, according to Prof. Harlt, intercalated between its layers, is a dark, compact, staty quartz-sandstone, in which the spe- cies Dalmanites (Cryphaceus, Paitína is particulary abundant. In general the fossils of this locality are not so favo- rably preserved as those of the river Mae- curt.
State Museum of Natural History, Albany N. Y — Aug. 10%. 1888
DESCRIPÇÃO DAS ESPECIES
Genero HOMALONOTUS, Kocenig, 18255
HOMALONOTUS OIARA
(Est. I.
fig. 5)
HOMALÔONOTUS OIARA, Hartt and Rathbun. On th: Devonian Trilobites and Mollsks of Ereré
Province of Pará, Brazil. Annals Lyceum Nat. Hist. vol. XI, p. 1if. 1576.
Localidade — Ereré
«Foi obtido do grez devoneano de Ererê um unico fragmento da cabeça de uma grande Lrilobita que pertence a este ge- nero. E” muito distincta de qualquer ou-
« There was obtained from the Devon- ian sandstone at Ereré a single fragment of the head of a large trilobite which be- longs to lhis genus. Itis very distinct from
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tra fórma até agora conhecida, mas é demasiado imperfeito para permittir des- cripção conveniente. Elle differe apparen- temente do Homalonotus De Kai. Van, (sic) em que as margens da glabella são mais concavas do que nesta especie e os olhos collocados mais na frente. Aventu- ramo-nos a classifical-o como especie nova com o nome do duende aquatico da mythologia dos Tupis. Acha-se associado com a especie supra descripta. Dalma- nia Paituna.» (Hartt e Rathbun Loc. cit.)
A amostra original (fragmento muito imperfeito exhibindo parte da glabella e a face fixa do lado esquerdo, junto a uma das faces moveis), é tudo quanto tem sido encontrado desta especie. Acha-se uma differença especifica sufficiente entre ella eo Homalonotus Derbyi do districto de Maecurú, na forma da glabella que é mais sub-rectangular, com forte incurva- ção das margens lateraes. A sua fórma subquadrada permitte uma comparação directa desta parte com a do Homalono- tus De Kai, green, que não é admissivel entre esta ultima especie e o Homalonotus Derbyi. Não obstante ser esta especie até o presente tão parcamente represeniada, ella é de notavel interesse por mostrar approximação distincta de um typo do genero bem caracteristico do terreno De- voniano .
Dimensões— O fragmento original in- dica um cephalo tendo o comprimento de 27"” proximamente e a largura media ao longo da base de 34",
any other form yet Rnown but too im- perfect to admit of proper description. It differs from Homalonotus De Kayi Van, (sic) apparently in the fact that the mar- gins of the glabella are more concave than in the latter form and the eyes are plac- ed further forward. We have ventured to rank it as a new species, naming it after the Tupi water maiden. Associated with the iast species above described, Dal- mania Paitina.» (Hartt and Rathbun, loc. cit.)
The original specimen, a very im- perfect fragment showing a portion of the elabella and the left fixed cheek, together with a single movable cheek is all that is known to have been found of this species. A valid specific difference between it and the Homalonotus Derby: from the Mae- curú district is to De found in the form of the glabella which is more nearly sub- rectangular with a strong incurvature of the lateral margins. Its subquadrate form allows a direct comparison of this part with thal of Homalonotus De Kayi, Green such as is not permissable between the latter species and Homalonotus Derbyi. Although the species is at present so sparsely represented, it is of interest as showing a distinct approach to a well de- veloped Devonian type of this genus.
Dimensions — The original fragment indicates a cephalon having approxi- mately a length of 27”, and a width across the base of 34".
Md di ci cat
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FHiomalonotus Berbyi
Est. I. figs. 4, 7, 19
Localidade — Rio Maecurú
Esta especie é representada por dli- versas amostras, pertencendo, pela maior parte, ao cephalo. Apenas uma entre estas é sufficientemente completa para permittir a restauração do cephalo por inteiro, e esta é muito inferior em tamanho ao medio indicado por varios outros fragmentos.
Cephalo—Contorno subtriangular largo na base, cuja largura no exemplar não adulto acima referido é duas vezes o com- primento ao longo do eixo, devendo se notar porém que neste caso o escudo ce- phalico parece ter sido um tanto esma- gado; na fórma adulta, conservando a convexidade normal, é provavel que a lar- gura não exceda uma vez e meia o com- primento. Area frontal prolongada de modo visivel, inclinada para cima com encosto suave, deprimida na parte media e um tanto abruptamente arredondada para as margens lateraes. Não se tem obser- vado amostra nenhuma que conserve a extremidade anterior, além da margem frontal. Superfície distincta e largamente tribolada, convexa, abruptamente depri- mida ao longo das margens lateraes em- baixo dos olhos. Suturas faciaes normaes na sua direeção, ficando o ramo frontal transverso distinctamente sobre a super- ficie dorsal e apresentando uma curva suave para traz ao atravessar a extensão anterior sublinguiforme.
This species is represented by several specimens, mostly of portions of the ceph- alon. Of these but one retains sufficient of this part to allow the restoration of the entire cephalon, and this is very much below the average of size indicated by various fragmenis.
Cephalon—OQutline broadly subtriangu- lar, the width across the base being twice the axial length in the immature example referred to, but in this instance the head shield appears to have been somewhat flattened; in the adult form retaining normal convexity the width is probably not more than one and a half times the length. Frontal area conspicuously pro- duced, inclined upward in a gentle slope, depressed medially and rounding some- whatabruptly to the latteral margins. No specimen has been observed which retains the anterior extremity beyond the frontal margin. Surface distinctly and broadly trilobate, convex abore, abruptly de- pressed along the lateral margins beneath the eyes. Facial sutures normal in their direction, lhe transverse frontal branch distinctly lying upon the dorsal! surface and having a gentle retral curvein cross- ing the sublinguiform anterior exten- sion.
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Glabella largamente trapezoidal ou sub. conica; relação do comprimento à lar- gura, ao longo da base como de 1,5 a 4. Superfície essencialmente liza, regular- mente convexa, não achatada em cima ; distinctamente limitada nas margens late- ral e anterior por sulcos largos e atraz pelo sulco occipital estreito c vivamente impresso. Angulos antero-lateraes lar- gamente arredondados, margens lateraes ligeiramente incurvadas, angulos postero- lateraes agudos, margem posterior proxi- mamente transversa, curvando-se brusca- mente para diante na linha do eixo.
Em exemplares adultos a superficie da glabella é caracterisada por tres pares muito indistinctos de sulcos lateraes, dos quaes o primeiro, posto quasi apa- gado, póde ser visto com illuminação favoravel, estendendo-se ligeiramente para diante, e tendo cada membro comprimento igual a um terço da largura da glabella neste ponto. Os membros do segundo par teem a sua origem distante da extremidade anterior, cerca de um terço do comprimento da glabella e estendendo-se quasi transversalmente, sendo mais comprido do que o primeiro par. O terceiro par começa em pontos quasi oppostos ao centro dos nodulos orbitaes e passam obliquamente para traz, parecendo dilatar-se nas suas ex- tremidades internas. A relensão destes sulcos, que são geralmente apagados em exemplares adultos, de Homalonotus, torna distinctamente apparente a sub- divisão da superficie em lóbos. Destes
Glabella hroadiy trapezoidal or sub- zonate; length to basal width as 1,5to 1. Surface essentially smooth, evenly convex not flattened above; distinctfy limited by broad sulci on the anterior and latteral margins and behind bythenarrow,sharplv impressed occipitalfurrow. Antero-latteral angles broadly rounded, lateral margins slightly incurving, postero-lateral angles acute. Posterior margin nearly trausverse, curving sharply forward at the axial line.
In adult specimens the surface of the glabella is characterized by three very faint pairs of lateral ferrows, the first of which, though nearly obsolete, cam